Reina em mim um desassossego, desses que faz tremer e me dá medo. Tira minha fome, o meu sono, e faz-me sentir a amargura de um extremo e completo abandono. Como que por sucção, me remeto para dentro do meu ser, só existe eu comigo agora... O silêncio é frio... ensurdecedoramente frio... E olho partes de mim que não quero conhecer Partes de mim que nunca quis ver. Como que hipnotizada, meu olhos não se desviam Fixos, inertes, contemplam o desalinho... E me revela, me desnuda. A dor impera, dilacera, rasga! Esta sou eu, toda desalinhada? Com tantos azedumes e fraquezas, raivas e mágoas represadas? Esta é você! me ouço dizendo... E só então entendo o que está acontecendo. E inicio o caminho de volta. Percebo que amadureci, que cresci. O lado bonito é muito fácil, é prazeroso, mas conhecer somente ele, é inevitavelmente desastroso! Este caminho, cedo ou tarde Eu iria percorrer... Nesta busca incessante Do meu EU Do meu SER! Elzinha Coelh
Oi Elzinha,
ResponderExcluirVou somente aplaudi-la, está perfeito teu poema!!
Beijo meu
Obrigada amiga pelo incentivo e carinho.
ExcluirBeijos
"Nesta roda que gira e não para
ResponderExcluirBuscamos sempre mais longe
A flor que nos parece mais rara..."
Apenas três linhas definem a busca insaciável por felicidade, por tudo o que o ser humano almeja, sem perceber que está ao seu alcance, que não é preciso correr tanto assim... Perfeito seu poema!
Voltarei mais vezes...
Obrigada pela visita e pelas palavras. A insatisfação humana é sempre o empecilho para se ter felicidade.
ExcluirFico feliz por ter gostado.
Um beijo