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Mostrando postagens de julho, 2012

Sina de Poeta

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Tem vezes que a gente tenta Calar a dor, a gente tenta Matar a flor, a gente tenta Trancar o amor,  a gente tenta A gente tenta... e tenta Então tudo excede, transborda e aí... A gente inventa! Quando não se cabe Quando não se aguenta... A fria tinta toma forma Transcende em versos e transforma  O invisível, o divisível, o ausente Em coração, mão e mente... Elzinha Coelho

Minha Poesia

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É quando menos espero que me falam os verbos... Me pegando de surpresa Virando minha cabeça Confundindo meus caminhos Remexendo meus guardados Fazendo burburinhos Entre meus meios, meus perdidos Meus segredos, meus achados É quando menos espero Que minha alma se transporta... E tráz de volta o escondido O supostamente esquecido Os sentimentos desmedidos Os pensamentos tresloucados O argumentos descabidos É quando menos espero Que tudo toma forma... E vira palavra, vira verso E transforma sutilmente Este meu mundo tão pequeno Num imenso universo! Elzinha Coelho

Reencontro

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Essa ausência tão sentida Essa saudade desmedida Eu procuro a paz  E só encontro alento Na memória, no pensamento Então me visto de vontade Me encho de claridade Paro a mente naquele ponto E no finito dos dias meus Reencontro o infinito nos beijos teus... Elzinha Coelho

Medo de Amar

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Pensamentos antes intransitáveis Vagam agora displicentes Mansamente tomam conta Do coração Do corpo Da mente E sem cuidados ou pudores Bem faceiros se instalam E as palavras ainda não ditas Se revelam... Se declaram... No pulsar do tempo No ardor do canto No calor do vento No brindar dos santos No sereno sabor do encanto Na doce ilusão de um momento Em que dois se tornam tantos Entrelaçados num só sentimento... Elzinha Coelho

Meus passos

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Neste Universo das Palavras caminho... Passos lentos, incertos, inseguros... Mas não paro... Pretensão?  Nenhuma! A não ser expressar o que me vai por dentro... O que me assola a alma O que me alegra e acalma O que me retem, o que me abala O que me revolta, o que me cala O que me arrepia, o que me entedia É a minha essência... É minha história... Minha poesia... Elzinha Coelho

Amor mal resolvido...

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Parou!... No início do soluço No meio do beijo No final do pulso Mãos que não mais se tocam... Palavras ficaram presas Não ousadas, não ditas... Gemido guardado! Guardado o apelo! Não há mais espelho Não há alegria Nem tem fantasia Somente agonia... Do que poderia ter sido Antes que o espelho caísse Antes que a noite chegasse Mas já era tarde... Já anoitecia... Elzinha Coelho

Dor e Saudade

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Que sentimentos são esses Que se instalam sem pedir licença? Que se ajeitam, se encaixam Que não dá para jogar fora Que ficam, que são Sem nenhuma pressa de irem embora? Que machucam sem piedade Invadem o peito, invadem a alma Criam laços, tropeços, embaraços? Que sentimentos são esses Que controle não existe? Que nos faz pequenos, nos faz tristes Náufragos de nós mesmos... Neste mar de ironias, de ilusões, de fantasias... Andam sempre de mãos dadas Mãos entrelaçadas... Abraçando nossa agonia! Elzinha Coelho

Só hoje...talvez...

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Hoje o que me sufoca é este vazio com gosto de nada É este silêncio que não me deixa dormir Essa ausência de não sei o que Agonia crescente que teima em ficar Vontade de ir não sei bem prá onde... Talvez a um lugar Onde a alegria se esconde Elzinha Coelho

Mulher

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É difícil mentir prá mente Fazer de conta que nada sente Triste quando se está contente E fria quando se está ardente É mais fácil entregar-se inteira Despir o corpo, a alma, o zelo Transpondo linhas, atendendo apelos Da boca, da pele, do pelo  Correndo o risco de parecer brisa Um bom capricho, desejo banal Se crê que é suave vento Quando na verdade é vendaval Bem melhor mentir prá mente E esconder o que deveras sente Os segredos são fascinantes Para quem não consegue entender a gente... Elzinha Coelho

Independência Feminina

Dias atrás estava lendo uma crônica de Martha Medeiros em seu livro "Feliz por nada" onde ela descreve uma cena em que, estando autografando um livro, uma senhora se dirigiu a ela dizendo que a achava uma mulher fenomenal, e que complementou: "Mas eu não queria ser casada contigo - Tu é muito independente!". Então me lembrei de uma crônica que escrevi aqui no blog mesmo, no ano passado, falando justamente sobre essa independência feminina. Martha se questionou sobre a imagem que a sociedade tem desta mulher independente e eu fui por um outro viés, a imagem do homem moderno e a visão dele sobre essa tal  "Mulher Independente". A tal triagem de Marina Colasanti, citada na crônica, é no mínimo excelente, mas acaba por não sobrar nada... Vai aí ... Muitos homens contemporâneos (somente porque vivem na contemporaneidade, de contemporâneos não tem nada) ainda veem na mulher um objeto; entendem sensibilidade como fraqueza; precauções como esperteza; auten

Simples assim...

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Todo o simples, muitas vezes é o que basta É o que basta muitas vezes ser contente Vestindo-se com palavras generosas Despindo-se do que disso é diferente Pode ser nas muitas vidas já vividas Se encontre o combustível que arrebata Toda dor um dia já sentida Toda lágrima um dia já chorada Nos tantos carinhos divididos Nas estradas e caminhos percorridos Se possa recolher o que há de bom E possa todo o mal ser esquecido No simples, simplesmente possa ver Que tudo oque se quer é o que se tem Poder sentir o ar por sobre a pele E repartir este sentido com alguém Não dá para complicar as tantas lidas Que a vida nos impõe a toda hora Porque não por prá dentro o que é simples E tudo o que não for... fica de fora... Elzinha Coelho (Um poema para a amiga e incentivadora Claudia Dorta Duella)