Poema do Desapego
Queria ser como a água e contornar
Como o vento e passar
Somente ser a noite e brilhar
Apenas o colo que acolhe
Não sentir vontade de ficar...
Sem raízes, sem prisões
Sem esperas, nem demoras
Ser sem ter
Doar, ceder
Tecer a vida como o vento tece a água
Contornando e passando
Com pressa de ir embora...
Mas não se é tempo, nem água, nem vento
Somos presas, pragas, pensamento
Ligeirezas, ilusões, sentimentos
Somos dores, sabores, amores
Somos laços, temores, abraços
Confusas emoções, tênues traços
Sorrisos, perdas, memórias
Lágrimas, sonhos, cansaços
Espaços, lembranças, histórias
Somos o tudo num só momento
O eco, o oco, o profundo
O grito de dor no tormento
E o riso de alívio do mundo!
Elzinha Coelho
Amei seu blog, quantos poemas lindos... nossa me vi em muitas linhas suas aqui...
ResponderExcluirSeguindo, obrigada pela visita.
Beijooos e continue escrevendo assim ;)
Obrigada Roberta!!
ExcluirEstou muito feliz por tê-la aqui.
Beijo grande!
Que lindo, que suave.
ResponderExcluirLer você é sempre um prazer imenso.
Um abraço querida amiga e tudo de lindo e inspirador sempre.
Oi Elzinha querida
ResponderExcluirLindo poema.
Estava com saudades desse cantinho tão lindo e acolhedor.
Beijos
Ani
Oi Elzinha querida
ResponderExcluirLindo poema.
Estava com saudades desse cantinho tão lindo e acolhedor.
Beijos
Ani
Muito legal! É simples e leve. Me lembra aquele poema do Angelus Silesius - Sem por que - A rosa é sem porque, floresce ao florescer, não considera a si mesma, nem pergunta se alguém a vê.
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