Dracma perdida


Feito graveto fincado na areia
Como pedra no fundo de um poço
Feito mosquito preso na teia
Sou o frio do fundo do fosso 

Quanto de dor ainda há pela frente
Quanto de esperas cabe na mente
Quanto de tempo se perde do ausente
Com qual medida se mede o que sente

Alma perdida, engolida no espaço
Sou como o laço feito de nó
Como sereno em noite sem lua
Das cinzas que restam, eu sou o pó

Sou como o dia com nuvens de chuva
Sou como estrela cadente que cai
Sou raiz arrancada da terra
Sou como um barco a procura do cais


Elzinha Coelho


Comentários

  1. Belo poema, amiga Elzinha. Um abraço. Tenhas um lindo dia.

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  2. Belíssimo poema, querida Elzinha.
    A eterna procura do Ser...

    Beijo grande.
    Continuação de boa semana.

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