Levar leve a vida


Soberano e frio o tempo intenta 
Inverter a lógica do que está por vir
De insólita monja a vida se veste
E investe a fundo de todo sentir

Tocar a tensa vida em si
No mais intimo sentido seu
Fazer do tensionado, largo e grande
A leveza que impele o que não morreu

Sentir em gotas o tino de toda coisa 
Cada parte que aparte de qualquer loisa
Se embrenhar no sentido de toda força
Que excede, que expande, se faz, se afrouxa

Permitir -se ir sem hora e medo
Ao fundo do mundo de cada ser
Deixar-se ver sem nenhum enredo
O que já está escrito ou por escrever


Elzinha Coelho

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