A Vida e o Caminho
Há luz no caminho
Mas há quem prefira a escuridão
Há aconchego no ninho
E quem o abandona buscando a ilusão
Pobres e nefastas vítimas de si
Não anteveem o desastre eminente
Que sem disfarce se torna evidente
O que por hora parece distante
Num próximo instante o aproxima do fim
E o sim tantas vezes negado
À vida que doou tantos lances
É agora pedido, implorado
Por quem não temeu ver perdida
As tantas chances que a vida lhe deu
Cegos em si, eis o que são
Maltrapilhos, maltratados
Andarilhos, renegados
Que a Vida então deserda
E lhes nega todo o cuidado!
Elzinha Coelho
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