MÃOS




Mãos que apoiam, que afagam,
que tocam com cuidado
nossa alma de pecados
acalmando os nossos nãos.

Mãos que surgem sem ter pressa,
que conseguem sem promessas,
aprumar o desacerto
refazendo o nosso chão.

Mãos benditas que seguram
nossas frágeis mãos pequenas
tão confusas nos dilemas
que assombram o coração…

São as mesmas mãos serenas,
tão sinceras, tão amenas
que me fazem não descrer.
Estas mãos sempre serão
versos doces de um poema…


Elzinha Coelho

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