Minha poesia


Pode ser que em algum momento eu organize toda essa bagunça aqui, ou pode ser que não. Talvez se organizasse toda essa coisa que brota feito água das minhas pedras, meus jardins não seriam tão bonitos; minhas flores não teriam tantas cores, pelo menos para mim. Equalizo os sentidos, todos eles, visto a minha pele, me abasteço com palavras e saio por aí, verbalizando o contido, o restrito, solenemente e tão docemente, que o que antes seria impossível ser, acaba por nascer sendo. E aos poucos, bem lentamente, como hologramas a levitar nos meus céus, minha alma desenha suas formas... no meu mar, no etéreo e no papel. E assim sigo eu, com toda essa bagunça disfarçada,  antes de tudo ou de quase nada...


Elzinha Coelho

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