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Mostrando postagens de dezembro, 2016

Sem Gomas

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Eu sou assim, não ando num cabide nem uso verniz. O espontâneo me seduz. Idéias a mil na mente e um jeito contente de olhar a vida. Desconfio de pessoas boazinhas e certinhas demais, que riem demais, de muito bons modos à mesa. Gosto de gente que gosta de gente. Que anda descalça depois de uma valsa, que bebe espumante se  não tiver um   Cabernet . Gente que sabe caminhar entre o luxo e o lixo, q ue aprende como ser e não ser em um e noutro. A hipocrisia é uma porta trancada, por detrás pessoas fingindo verdades, cheirando a naftalina, vivendo mentiras. Quem gosta de mim, bem... quem não gosta, amém. Eu não ando num cabide nem uso verniz! Elzinha Coelho

Esperas

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O que não me cabe transborda metros fora de mim, fora daqui, para muito além do que posso ir. O interminável tiquetaquear do relógio, transcende, transpassa tempos, num ritmo que o dono do tempo tem, só ele tem.  A sina do tempo é verbalizar o ir; sempre indo e indo, passando e passando. Transbordo um tempo que não cabe aqui, que não cabe em si, que não me cabe.  Elzinha Coelho

Quando fui chuva

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Quando já não tinha espaço, pequena fui Onde a vida me cabia apertada Em um canto qualquer acomodei Minha dança, os meu traços de chuva E o que é estar em paz Pra ser minha e assim ser sua Quando já não procurava mais Pude enfim nos olhos teus, vestidos d'água, Me atirar tranquila daqui Lavar os degraus, os sonhos e as calçadas E assim, no teu corpo eu fui chuva Jeito bom de se encontrar E assim, no teu gosto eu fui chuva Jeito bom de se deixar viver Nada do que eu fui me veste agora Sou toda gota, que escorre livre pelo rosto E só sossega quando encontra tua boca E mesmo que em ti me perca, Nunca mais serei aquela Que se fez seca Vendo a vida passar pela janela Quando já não procurava mais Pude enfim nos olhos teus, vestidos d'água, Me atirar tranquila daqui Lavar os degraus, os sonhos e as calçadas E assim, no teu corpo eu fui chuva Jeito bom de se encontrar E assim, no teu gosto eu fui chuva Jeito bom de se deixar viver. M.G.

Meus devaneios

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Pode parecer maluquice, mas ser "perfeitamente feliz" o tempo todo é uma mentira, é muito chato, é improdutivo e chega até a anular a criatividade. Meu sentido de felicidade é outro. Sou nuances de sentimentos, não tenho como ser diferente. Me pego triste em alguns momentos, em outros calmamente lúcida, em alguns totalmente insana, em outros extremamente alegre e por aí vou, me expressando com o corpo e a alma. Egoísta as vezes, dedicada sempre, a uma pessoa ou a uma ideia, onde raramente ideia e pessoa não combinam. Já passei da fase da "perfeição", busca ingrata e que não nos leva a lugar algum. Também a fase de agradar já ficou lá atrás. Sou sentimento e não costumo esconder nenhum. Me esforço por instantes belos, porque a vida é isso, cheinha de instantes que ficam distantes um milésimo de segundos depois. E vejo pessoas correndo atrás de uma tal felicidade que nem sabem ao certo o que seja, mas continuam correndo porque imaginam que seja tão complicada,