Esperas


O que não me cabe transborda metros fora de mim, fora daqui, para muito além do que posso ir. O interminável tiquetaquear do relógio, transcende, transpassa tempos, num ritmo que o dono do tempo tem, só ele tem.  A sina do tempo é verbalizar o ir; sempre indo e indo, passando e passando. Transbordo um tempo que não cabe aqui, que não cabe em si, que não me cabe. 


Elzinha Coelho

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