Na minha pele
Sou nas tardes longas, a que espera
Nas noites insones, a que acredita
Sou a que não descrê e não pondera
A que não sucumbe na desdita
Sou a que de versos enfeita as horas
Que de flor veste os dias
Aquela de olhos serenos
A que por dentro é calmaria
Sou do simples, o fiasco
Do caminho de luz, sou lastro
Dos luzentes brilhos noturnos, o pó
Imensidão incongruente e incompleta
Meta de meios inespecíficos
Parte de um todo ainda ausente
Sou semente, sou delírio
Sou a que é , sou a que sente...
Elzinha Coelho
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